Vivemos um tempo de caos social. Todos nós, sem exceção, necessitamos de orientações.
A COVID-19 impõe um reposicionamento do ser humano em todas as áreas da sua vida e em seus relacionamentos pessoais e profissionais. Pensando em uma analogia para esse momento, quando alguém está perdido em termos de localização espacial, os principais e mais conhecidos instrumentos de orientação são a rosa dos ventos, a bússola e, mais recentemente, o GPS. Destacamos nessa lista a “rosa dos ventos” por ser um instrumento extremamente importante que aponta e divide os diferentes pontos de orientação cartográfica, conhecidos como Pontos Cardeais: Norte, Sul, Leste e Oeste.
O SinepMG possui como objetivo oferecer apoio e orientação, por isso elaborou para vocês, PAIS e RESPONSÁVEIS, 4 pontos cardeais que apontam direções significativas para a família enfrentar e superar esse momento complexo:
Ser uma referência: Os seus filhos estão, como sempre, observando suas atitudes, gestos e palavras, especialmente nesse momento, em que o isolamento social intensifica essa convivência familiar. Destacamos que as suas atitudes positivas contribuirão na percepção dos seus filhos sobre a escola nesse contexto de fragilidades e inseguranças. Nesse sentido, será adequado exercer uma postura de autocontrole, evitando o uso de palavras negativas sobre a escola ou sobre seus professores e demais profissionais, bem como sobre as atividades que as escolas estão encaminhando para seus filhos de forma virtual.
Dialogar: Essa oportunidade de interação com os seus filhos deve ser aproveitada não somente por uma questão de tempo disponível. Há um contexto social que promove muitos pensamentos e sentimentos em todas as faixas etárias. Essa crise favorece um espaço para um diálogo diferenciado em família. Oferece a possibilidade do exercício da escuta, da argumentação diante do confronto das ideias diferentes, da prática da empatia mediante o ponto de vista de cada membro, do desenvolvimento de habilidades e competências a partir das ideias e valores do seu núcleo familiar.
Elaborar uma rotina: Considerando a faixa etária dos seus filhos, procure estabelecer e/ou combinar uma rotina semanal para eles. Será muito importante a definição dos horários para as diversas atividades: café da manhã/ almoço/jantar, estudos, atividades físicas, tempo livre, repouso/hora de dormir. Defina também os locais adequados e necessários para cada atividade. Além disso, elabore a sua própria rotina para que seus filhos observem que você também não está vivenciando um período de férias. Como diz a frase de um autor desconhecido: “a palavra convence, o exemplo arrasta.”
Cultivar a esperança: O escritor Ariano Suassuna afirmou que “O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um realista esperançoso.” Não podemos retirar das crianças, dos adolescentes e dos jovens, nem mesmo dos adultos e idosos, o desejo de sonhar, planejar o futuro e pensar que as possiblidades de soluções existem em qualquer contexto. O núcleo familiar tem um papel essencial na construção da esperança, por isso sugerimos que esse isolamento social seja vivenciado com afetividade e espiritualidade. É possível ensinar a esperança concretamente, através de posturas e de palavras.